
Essa semana eu estou passando um filme para os meus alunos do primeiro ano do ensino médio. “Maria Antonieta”. È um filme sobre o período pré-revolucionário na frança que indica o por que de a população francesa ter se revoltado com a monarquia absolutista francesa representada por Luiz XVI e sua esposa a rainha Maria Antonieta. Bom deixando os fatos históricos de lado, esse filme me fez pensar em algumas coisas. O povo de antigamente, via a vida e a vivia por outro ângulo. Um detalhe muito interessante, é que eles curtiam cada momento como se fosse único. O filme mostra o momento que a rainha saia da Áustria e ia para França para conhecer seu noivo Luiz Augusto (que viria a se tornar rei posteriormente). Em cada lugar que ela passava, cada coisa que ela fazia, ela demostrava com um sorriso ou com lágrimas. Ai você pode tentar se justificar: “mas ela é mulher, até hoje as mulheres são assim mesmo. Ai você pode querer argumentar novamente dizendo: “mas peraí, eles eram nobres tinham dinheiro pacas ai era mole aproveitar a vida em todos os sentidos” Sim, talvez, mas estudando a revolução francesa, ou qualquer outro tempo antigo, a gente consegue perceber que até mesmo o mais humilde dos homens, sabia enxergar a vida por um prisma bem diferente do atual. Se formos usar a revolução francesa como exemplo, a população, mesmo que controlada e liderada pela burguesia, se revoltou e fez alguma coisa pra mudar, ou seja, participou de alguma coisa de forma ativa e não só ficou assistindo a tudo passivamente como fazemos hoje. A mesma coisa ocorre em tempos bíblicos, tudo que era feito, era feito sem o botão automático estar ligado. Atualmente, no século XXI, entramos em uma era de trabalho onde o capitalismo impera em todos os lugares, com isso o povo só pensa em trabalhar para ganhar dinheiro, pagar as contas e comprar cada vez mais e mais coisas. E coisa básica que devíamos fazer, não fazemos. Curtir nossa família, a simples presença de um amigo, comer calmamente no almoço apreciando o que está se mastigando e até mesmo a presença de quem está comendo com você (na verdade a gente come igual a um bicho pra dar tempo de um monte de coisas no horário de almoço). A vida humana está muito acelerada, e é preciso que nós demos uma desacelerada, que paremos mais para curtir as coisas mínimas da vida. Tenho aprendido isso com minha esposa. Eu sou uma pessoa muito acelerada, minha mente está sempre trabalhando, chego em casa já pensando no dia seguinte, em tudo que terei que fazer, e quando paro pra relaxar, só relaxo com coisas que me deixam cada vez mais desconectado do mundo real, e ligado no mundo virtual. Fico navegando no facebook, postando tweet, vendo quem está online no msn, checando e-mails, escrevendo pra esse blog pouco frequentado, jogando vídeo-game (o que é muito bom, mas que me desconecta do mundo real) e as coisas simples, como sentar no sofá e ficar olhando para minha esposa, ou almoçar vagarosamente jogando conversa fora com um amigo acabam não acontecendo. Graças a Deus pela minha esposa que sempre fica me cobrando essas coisas. Por causa dela estou aprendendo a desacelerar cada dia mais, mesmo que ainda não tenha chegado ao ponto que desejo, creio que praticando isso a cada dia, eu posso chegar “lá”. Bom se por acaso você leu isso e sente que é tão acelerado e conectado ao mundo virtual como eu, pense no que acabou de ler e passe a curtir as coisas simples da vida, volte um pouco no tempo e desconecte-se do mundo digital ou virtual e passe a perceber as coisas simples, as pessoas que estão ao seu redor e que te amam, passe a curtir um almoço vagaroso ao lado de sua família ou amigos sem pressa para nada, deixe o relógio andar mas não avançe com ele. Mesmo que sua vida seja uma correria louca e que não sobre tempo para nada, um dia da semana ao menos eu sei que talvez você tenha assim como eu. Eu tenho aprendido lentamente a viver assim. Isso é um processo uma tanto quanto complicado e dolorido, pois fui criado em um ambiente assim, onde todos andavam correndo e com pressa para tudo, e acabei me tornando um adulto assim também, mas DEUS em sua perfeição me deu alguém desacelerada que tem me ensinado a viver a vida, percebendo cada momento, curtindo cada minuto e enxergando a vida sempre por um prisma diferente. Se não você não tem alguém assim, pense no que leu e sei que isso vai fazer diferença.